quinta-feira, 29 de julho de 2010

A música utilizada na postagem anterior é uma versão de uma música dos Beatles.
Hoje lembrei dela andando pela cidade, revendo lugares... teatros, lanchonetes... Bolas...
Me deu vontade de postá-la na íntegra. Gosto dela. Postei. Por isso. Por isso também. heheheh

Minha Vida

Composição: John Lennon e Paul Mc Cartney
Versão: Rita Lee
 
Tem lugares que me lembram
Minha vida, por onde andei
As histórias, os caminhos
O destino que eu mudei...

Cenas do meu filme
Em branco e preto
Que o vento levou
E o tempo traz
Entre todos os amores
E amigos
De você me lembro mais...

Tem pessoas que a gente
Não esquece, nem se esquecer
O primeiro namorado
Uma estrela da TV
Personagens do meu livro
De memórias
Que um dia rasguei
Do meu cartaz
Entre todas as novelas
E romances
De você me lembro mais...

Desenhos que a vida vai fazendo
Desbotam alguns, uns ficam iguais
Entre corações que tenho tatuados
De você me lembro mais
De você, não esqueço jamais...

http://www.youtube.com/watch?v=ImKODXtNK4g&feature=player_embedded

Navegando neste Rio

 Querido diário.

Mais uma aventura acontece em minha vida, a espera de um novo borderô!!!

Estou aqui, dessa vez no Rio. nem acredito! (ok, alguns vão se cansar disso, mas é verdade! As coisas mais inusitadas acontecem, e, REALMENTE é inacreditável que eu tenha chegado aqui!) Vim para uma tourada, um campeonato, uma luta de Gladiadores - A audição para Hair.

Foram 5.000 inscrições, 2.000 candidatos selecionados para a primeira etapa, melhor dizendo, 2000 e eu. Ainda estou a espera de ser chamado, mas serei, amanhã! Hoje fui até o teatro e falei com a produtora de elenco pessoalmente. Disse que vim de longe, mas que finalmente aqui estou! E, prefiro levar um não da banca que não poder sequer lutar por meu personagem... Ela perguntou meu nome e disse que iria olhar meu currículo novamente... Quem sabe... (Ps. fui com o cabelo solto e lindo pra falar com ela. Ela achava que eu iria fazer o teste! hauahauahua)

Dois dias aqui, e a cidade me traz muitas recordações.


"...Tem lugares que me lembram
Minha vida, por onde andei..."

Fazendo aulas e minhas músicas para o teste estão ficando lindas!!!

Sábado enfrentarei a banca!


"... As histórias, os caminhos
O destino que eu mudei..."

Essa cidade é mesmo linda, toda vez que chego me encanto e é incrível como sou daqui também, do mundo! Ando como se me fosse familiar. Ando como se me preparando para mais uma chuva, num novo abrigo. Com um secular amor (ou carma).

"...Que o vento levou
E o tempo traz..."

As pessoas são deliciosas... E os olhares... Ai ai...

Me sinto menor por diversas vezes, a estética conta muito aqui, todos balas de açúcar: Artificialmente doces. Mas trabalho isso e sigo em frente. Vou esse teste fazer. (assim espero. Ai.)

Mesmo não sendo o perfil dos galãs daqui, que me custa tentar?! kkkkkkkkkkk

Gringos insistem em (tentar)  falar comigo. Agora tenho outro idioma. Me falta o inglês. A língua universal, essa eu já sei falar. Mas, sobretudo sei com quem quero falar. Não há dúvidas. Não em mim.

Estou em Copacabana. Estou. Quero. Falo mais depois. Agora a espera. O resto é silêncio.



Que vontade de cantar.

domingo, 4 de julho de 2010

palavras, palavras, palavras...


Deveria ter postado ontem, dia 3. Um mês. Precisava, talvez, não celebrar este dia. Deixei para o que se encerra.

Hoje foi minha última apresentação da Mostra do Mód V de interpretação (meninos, obrigado pela sincera acolhida e pelo colo nas necessidades – é mútuo). Nem acredito que realizei a “mostra”. Todos sabem que não era o processo que mais estava gostando de fazer. Cair do cavalo ao voltar de um mundo ilusório onde fiz e refiz o que me acalentava (para trazer um pouco dessa minha crença na arte do comércio), me fez melhor do que uma conquista sem um resultado. (É já fiz a Ópera do Malandro com Marques...) tsc, tsc.

Mesmo assim, segui com ela (a mostra). A bem da verdade não tinha muita opção. Outros pequenos prazeres me inflavam a chama do fazer. Um novo semestre que traria consigo a redenção... Isso também não foi lá muito resolvido... Mas ainda pode ser... Quem sabe... hehehe

Sabe uma coisa que me encanta? Ópera! A divisão dos papéis e suas brilhantes execuções, mundos criados e tortuosamente vividos em prol de um ideal romântico. As sopranos e os tenores sempre os principais... As contraltos e seus ensaios intermináveis. Os Baixos.

Encanta-me o poder que se pode ter um baixo. Não estamos só falando de papéis de pai, de tio, de vilão não. Nada como saber usar a baixeza... São mordazes, irônicos, trazem com seu timbre, verdades veladas e mudança de ares. Assustam e encantam quase na mesma proporção. Aos que se deixam levar pelas vicissitudes do tom, o meu aplauso.

Queria ser baixo, queria ser tenor. Infelizmente não o sou. Barítono, abarco o equilíbrio – nem um cordeiro nem um lobo. Por vezes posso vestir as duas peles. E posso com isso fazer meus próprios feitiços... Há quem os compre. Posso do extremo ao outro chegar, mas não seria dual se não tivesse em mim a busca pelo perfeito equilíbrio, com notas amadeiradas, florais e de um bom vinho argentino.

Cuidado quem se embebedar com facilidade... Prefira, nesse caso, as certezas do abaixo de mim. Do ser Baixo que me perscruta, onde poderás achar um invólucro sincero, honesto e quente. Não recomendo as alturas dos tenores tons, pois, embriagado podes derrapar...

Arte me fascina. Vida me fascina. Segurança me preenche. Tão efêmero... Eu tantas vezes incrédulo sempre caio na mesma pedrinha no meu caminho. Aquilo que dizes pra mim, eu tomo como verdade. Levo a vida muito a sério... Isso é o grande defeito que tenho e que tanto me apontam.

Quero poder dizer mais amores por amores, assim como quem compra margarina. Quero não me desnudar e me expor a uma palavra que sei não durará mais que um instante. O futuro, com tijolos ou brisas suaves, não será determinado pelo outro, apenas acompanhado – por uma chuva, até que no sol possamos estar. Expostos. Livres. Queimados.

Eu brinco, eu finjo, eu atuo. O eu ator agradece a este semestre. Às pessoas que me acolheram. Às pessoas que eu fiz e que hoje andam com a ajuda de outros. Às sinceras conversas de onde não posso dizer que ainda esperava... Agradeço ao que, por tão infalível, não se aguentou.

Eu admiro a verdade. Sou assim, não gosto de criança e nunca neguei...

Sempre o preparo para a despedida e nunca sou preparado para a queda... Mas me levanto, pois, o que não presta, não quebra com facilidade. hauahauahauahauha

Um brinde à hipocrisia.

Salvador, você me deixará saudades. Suas delicadezas comigo, me fizeram ser o que sei ser. Aquele que fica pronto, sempre, e tenta não se deixar levar pelo que inevitavelmente me entrego.

Obrigado a quem já sabe que merece!

Obrigado pelo que fizemos, faremos e desconstruiremos.

Tempo, ok, você venceu esta. Ou melhor, empatamos. TERMINEI O SEMESTREEEEEE!!!!!!!

Até o nosso próximo encontro...


Um cordial abraço,

Raphael Veloso